Quando menino
ouvia dos meus doutrinadores familiares que eu precisava aprender a “comer com
minhas próprias mãos”. Essa era a definição de que eu precisava aprender a me
resolver com a vida.
Meu avô me
ensinava a usar ferramentas para soluções de problemas domésticos como trocar lâmpada,
concertar torneira, noções de mecânica, trocar fusível, trocar pneu, enfim.
O mundo ainda acreditava
na importância de se aprender coisas úteis para o dia a dia.
Veio a
estabilidade econômica e o desenvolvimento tecnológico que nos garantiu
melhorias significativas, mas também certo comodismo.
Acostumamos a
terceirizar grande parte de nossos problemas usuais, nos distanciamos do “arregaçar
as mangas”.
O ser humano no
Período Paleolítico, quando nas cavernas se reuniam para desbastar pedras necessárias
para a confecção de utensílios e armas, estava dando a partida para o desenvolvimento
tecnológico e social por estarem compartilhando esforços para objetivos comuns.
Hoje existe o
movimento Makers, criado em 2005 nos EUA, teve como base a revista Maker Magazine,
chegaram a realização de diversas Maker Fair (Feira de Fazedores) juntando de
50 a 125 mil pessoas.
O Brasil também
não fica para traz, existindo diversos núcleos como fazedores (http://blog.fazedores.com/) que se propõem
a ajudar as pessoas a adquirirem maior autonomia.
Existe no
Brasil alguns Hacker Space colaborativos que possibilitam a usuários experientes
ou amadores a realização de idéias que poderiam morrer na memória sem essa
possibilidade.
Desenvolvimento
de idéias e projetos a baixo custo com grande potencial de socialização econômica
tende a ser a nova revolução.
Esse movimento
possibilita a criação de novas oportunidades de negócios gerando uma nova
economia alem de propiciar o compartilhamento de experiências e conhecimentos.
Quando uma pessoa
resolve seu problema sem pagar a outro para isso ou mesmo sem se desfazer do
objeto danificado, quando uma necessidade domestica é sanada pela criatividade
e habilidade, quando um cidadão decide participar ou realizar um serviço que
tem como foco a solução de um problema da sociedade em que está inserido podemos
dizer que o movimento maker está agindo.
Ao invés de se
queixar resolva!