terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Movimento de Fazedores

Quando menino ouvia dos meus doutrinadores familiares que eu precisava aprender a “comer com minhas próprias mãos”. Essa era a definição de que eu precisava aprender a me resolver com a vida.

Meu avô me ensinava a usar ferramentas para soluções de problemas domésticos como trocar lâmpada, concertar torneira, noções de mecânica, trocar fusível, trocar pneu, enfim.

O mundo ainda acreditava na importância de se aprender coisas úteis para o dia a dia.

Veio a estabilidade econômica e o desenvolvimento tecnológico que nos garantiu melhorias significativas, mas também certo comodismo.

Acostumamos a terceirizar grande parte de nossos problemas usuais, nos distanciamos do “arregaçar as mangas”.

O ser humano no Período Paleolítico, quando nas cavernas se reuniam para desbastar pedras necessárias para a confecção de utensílios e armas, estava dando a partida para o desenvolvimento tecnológico e social por estarem compartilhando esforços para objetivos comuns.

Hoje existe o movimento Makers, criado em 2005 nos EUA, teve como base a revista Maker Magazine, chegaram a realização de diversas Maker Fair (Feira de Fazedores) juntando de 50 a 125 mil pessoas.

O Brasil também não fica para traz, existindo diversos núcleos como fazedores (http://blog.fazedores.com/) que se propõem a ajudar as pessoas a adquirirem maior autonomia.

Existe no Brasil alguns Hacker Space colaborativos que possibilitam a usuários experientes ou amadores a realização de idéias que poderiam morrer na memória sem essa possibilidade.

Desenvolvimento de idéias e projetos a baixo custo com grande potencial de socialização econômica tende a ser a nova revolução.

Esse movimento possibilita a criação de novas oportunidades de negócios gerando uma nova economia alem de propiciar o compartilhamento de experiências e conhecimentos.

Quando uma pessoa resolve seu problema sem pagar a outro para isso ou mesmo sem se desfazer do objeto danificado, quando uma necessidade domestica é sanada pela criatividade e habilidade, quando um cidadão decide participar ou realizar um serviço que tem como foco a solução de um problema da sociedade em que está inserido podemos dizer que o movimento maker está agindo.

Ao invés de se queixar resolva!

Quebra cabeça sem luz

De uma forma livre e poética, Oswaldo Montenegro em sua música "Quebra cabeça sem luz", traduz esplendidamente a idéia que gostaríamos de propagar.

Observamos todos nós, comportamentos hipócritas que insistem em se alastrar na sociedade em pontos de vista cada dia mais diverso.

Reclamamos da política, que não presta, que só tem corrupto e que todos são iguais. Mas, não lembramos sequer em quem votamos para Deputado Estadual na ultima eleição e quando alguém quer falar sobre política conosco achamos tedioso e mudamos de assunto para o BBB.

Reclamamos das enchentes, mas, nos desfazemos de nossos cacarecos inúteis em vias públicas com maior cara de pau.

Reclamamos da falta de segurança, mas, nos sentimos invadidos na primeira blitz em que a policia nos para.

Reclamamos do crescimento do tráfico, mas, permitimos o consumo social de um cigarrinho de maconha.

Reclamamos de nosso peso, mas, não seguimos a dieta a risca nem frequentamos a academia.

Vivemos em uma época hedonista e esquizofrênica, que as manifestações se proliferam para protestar, mas, os movimentos reais de construção (ou reconstrução) de alternativas para um mundo melhor morrem de inanição ou meia dúzia de gatos pingados lutam para manter.

Precisamos urgentemente repensar nossa participação real na manutenção desta sociedade, escolhendo nossas bandeiras e nos comprometendo realmente com os objetivos que estamos propondo.

A adoção de comportamento de retidão, ou mesmo se preferir, use só “papo reto”, é uma necessidade para o mundo em que vivemos, sob pena de esgarçarmos até a ruptura nosso frágil tecido social.


(Oswaldo Montenegro) 

É na clareza da mente
Que explode a procura de um novo processo
E o que é meu direito eu exijo e não peço
Com a intensidade de quem quer viver
E optar: ir ou não por ali

A nossa primeira antena é a palavra
Que amplia a verdade que assusta
E a gente repete que quer mais não busca
E de um modo abstrato se ilude que fez

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Nasce o Blog Lucet Via - Registros e troca de impressões

Inicio do ano de 2015, não 1º de janeiro, o inicio do ano real brasileiro... Logo após o carnaval, quando depois da ressaca das cinzas já começam a serem lavadas e o Brasil acorda para sua realidade incomoda que o força a seguir. Graças a Deus!!!

O Blog Lucet Via vem ao mundo com a determinação de ser um ponto de afirmação de opiniões construtivas. Buscamos aqui, com apoio dos colaboradores que o caminhar nos identificar, Trazer temas debate sobre o cotidiano brasileiro e as possibilidades de contribuição individual ou coletiva que podem e devem ser estimuladas.

Lucet Via do latim iluminação do caminho. Queremos fazer deste ponto de encontro local de convergência de pessoas que possuem uma vela acesa, lanterna com pilha ou mesmo holofotes; que permitam aos que possuem o mesmo interesse encontrar o caminho para a melhoria da sociedade brasileira.

Pensamos em incluir a afirmação "sem grandes pretensões", mas, me ocorreu que não podemos imaginar uma melhora de largo espectro, como aqui propomos, sem termos GRANDES PRETENSÕES. 

Deixemos claro aqui nossa ideologia (ideal de mundo a ser buscado)com a iluminação do caminho necessária para se concretizar essa visão e não uma fantasia inexequível.

Portanto está aberta a seção que iniciem os embates mantendo sempre as normas de elegância dos confrontos respeitosos, já que nosso objetivo é a Iluminação do Caminho e não apagar as luzes dos outros.